quarta-feira, 20 de maio de 2009

Especialistas alertam: Sono pode ser fator importante no controle de peso

Um estudo apresentado esta semana na conferência da Sociedade Torácica Americana, em San Diego, traz mais evidências associando o índice de massa corporal (IMC) – medida que indica a obesidade – com a duração e a qualidade do sono.


Medindo, com um aparelho chamado actigrafia, o padrão de sono – atividade, temperatura e posição do corpo – de 14 enfermeiras, os pesquisadores descobriram que aquelas que dormiam menos ou pior apresentavam, em média, IMC de 28,3 kg/m², indicando sobrepeso. Por outro lado, aquelas que dormiam mais tinham IMC de 24,5 kg/m², indicando peso normal.


Surpreendentemente, os participantes com sobrepeso pareciam mais ativos do que aqueles com peso normal, caminhando, em média, 25% a mais e gastando aproximadamente mil calorias a mais por dia. Isso indica que os gastos de energia a mais não necessariamente foram traduzidos em perda de peso.


Os autores destacam que a pesquisa descobriu interessantes relações, abrindo diversas possibilidades para investigações futuras. “Primariamente, queremos saber o que está direcionando as diferenças de peso, e por que o sono e o peso parecem estar conectados”, ressaltaram os pesquisadores.


Eles acreditam que essa relação entre sono e peso pode estar no desequilíbrio hormonal causado pela deficiência de sono. Citam, por exemplo, a redução da quantidade de leptina, que é conhecido como hormônio da saciedade, o que faria com que aqueles que dormem pouco comessem mais. Outra explicação poderia ser o estresse, que poderia ser um fator comum, reduzindo a duração do sono e aumentando o consumo de alimentos.


Os pesquisadores pretendem, inclusive, estudar a influência do estresse no sono e no metabolismo. “Maior estresse percebido pode erodir o sono. O estresse e o fato de estarem menos descansados podem fazer com que esses indivíduos sejam menos organizados do que pessoas com peso normal, o que faria com que eles tenham que fazer ‘mais viagens’ e dar mais passos para cumprir algumas tarefas. Isso poderia aumentar o estresse e encorajar outros comportamentos não-saudáveis”, concluíram os autores.



Fonte: EurekAlert. Public release. 17 de maio de 2009.

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